O sono e os sábados à noite

Quem diz sábados, diz vésperas de feriado, que é o que tem mais havido nas últimas semanas.

Ora, eu não sei o que se passa comigo, se ando mais cansada, se ando a dormir menos, se o raio que o parta, a verdade é que na maior parte dos dias às 23h (em alguns dias, se fosse às 23h já era muito bom!) já estou cheia de sono. E se isto acontece todos os dias, não deixa de acontecer só porque é sábado. Ou véspera de feriado. Mas aos sábados existe aquela pressão social de "fazer alguma coisa". O quê? Ficar em casa ao sábado? Não pode ser, ir dormir cedo, A UM SÁBADO?? E muitas vezes já me senti na obrigação de ir a qualquer lado, com tanta vontade de sair quanto de bater com o dedo mindinho no pé da cama, só para dizer que fui, que fiz.

Agora que cheguei a uma certa idade (cof cof) penso... mas qual é o mal? Qual é o problema de fazer um jantar bom em casa com o maridinho ou ir só ao cinema ou só ir jantar fora e voltar para casa e ir para a cama cedo, se me apetecer, a um sábado? Incomoda alguém? Ofende alguém? Traz algum mal ao mundo? Há mais baleias a morrer na Nova Zelândia? Há mais espécies de moscas albinas em vias de extinção? Não me parece! Ainda por cima eu gosto de acordar cedo. E gosto das manhãs de domingo. E tenho uma mobília nova na varanda onde espero tomar muitos pequenos almoços nos feriados e fins de semana, sem ressacas, sem sonos, sem serem "pequenos almoços" às três da tarde.

Por isso, chamem-me velha e acabada mas quando eu tiver sono....eu vou dormir!!!

14.02

Uma pessoa convence-se que este dia não é especial e que não lhe liga meia mas no dia anterior dá por si a olhar para o congelador e a pensar "oh, não vou fazer panados no dia dos namorados".

Fim de semana

Pois bem, para quem me perguntou que hotel era este aqui do post abaixo, aqui ficam as informações.

Trata-se do DD Hotel (Delfim Douro), ali perto de Peso da Régua, que eu não conhecia mas que adorei. Sendo que a estadia neste hotel fazia parte de um voucher Douro à Vela (noite + passeio de barco) que me ofereceram no aniversário, não foi propriamente consequência de uma escolha ou pesquisa minha mas ainda bem que é este o hotel que faz parte do pacote pois gostei mesmo muito de lá ficar. O hotel encontra-se numa encosta e todos os quartos têm uma vista maravilhosa para o Douro (de manhãzinha vê-se até o nascer do sol e os tons cor de laranja a aparecerem por trás das montanhas e é muito romântico e coiso). Os quartos - para quem gosta de mantas e tecidos xadrez - são modernos e acolhedores ao mesmo tempo e apaixonei-me por uma poltrona de fazenda xadrez em tons de azul escuro e cinzento que havia no meu quarto (ainda tentei congeminar como poderia sair do hotel com aquilo sem que ninguém se apercebesse mas não me ocorreu nenhuma ideia brilhante, pelo que deixei-a lá ficar).

Um pormenor "sexy": o chuveiro é todo em vidro pelo que do quarto podemos ver o/a mais-que-tudo a tomar banho ou juntarmo-nos a ele/a e tomar uma banhoca com vista para o Douro ou... usem a  imaginação.

Confesso que gosto muito de hotéis. Não só porque quando estou num hotel é sinal de que estou a viajar ou a passear, mas porque gosto do conceito. Gosto dos quartos de hotel, gosto dos pequenos almoços de hotel (e comer 30 croissants miniatura só porque sim), gosto de ver as opções de arquitetura e decoração dos hotéis, gostos dos funcionários simpáticos de hotel (aqueles que se esforçam realmente por proporcionar uma estadia agradável), gosto das mil almofadas e dos edredões fofos de hotel, enfim, gosto de hotéis (quando são bons, claro!). E fiquei muito bem impressionada com este, que recomendo vivamente para esta altura do ano em que as cores e o "ar" do Douro são simplesmente maravilhosos. Damos tanto valor aos lugares de outros países, que são paradisíacos, que são lindíssimos, que são isto e aquilo e, muitas vezes, esquecemo-nos que aqui na nossa terra também temos lugares tanto, ou mais, belos.

E sim, podemos voltar onde já fomos felizes!

 A cadeira. Fofinha que só ela.

Almofadinhas iguais

(fotos retiradas do Facebook do hotel)

Voltar ou não voltar, eis a questão.

Dizem que nunca devemos voltar onde já fomos felizes. Eu não acredito muito nisso. Não só porque já voltei onde fui feliz e continuei tanto ou mais feliz, como também porque, se isso fosse mesmo verdade, eu não poderia voltar a casa todos os dias.

Sendo assim, voltarei onde já fui muito feliz: o Douro (Pinhão, etc.).

Desta feita, com barco incluído, um belo passeio de uma hora que a minha rica mãezinha me ofereceu através da Douro à Vela e que, com o tempo que está hoje, tem tudo para correr bem. 

Tendo em conta que não tenho nem mais um diazinho de férias este ano, vai saber muito bem uma escapadela e dois dias a tentar não pensar no Vítor Gaspar, Passos Coelho e palavras feias como austeridade, impostos (que normalmente vêm associados à palavra "aumento"), sobretaxa, crise, recessão, etc. etc. etc. e só pensar em coisas como rio, paz, paisagem, natureza, alheira em cama de grelos, vinho, passeio, piscina, bacalhau com broa, etc.

Bom feriado e bom fim de semana para todos.