quinta-feira, março 31, 2011

... (escolher títulos é uma cena mesmo difícil)

Às vezes só nos falta um empurrãozinho "assim" (inserir gesto em que o dedo polegar e o indicador se afastam 2 ou 3 cms) para dizermos a alguém tudo o que tínhamos entalado. Seja à mãe, ao pai, ao namorado ou namorada, ao melhor amigo ou melhor amiga, à irmã, ao irmão, ao chefe, aos/às colegas, ao amigo colorido, ao esquema manhoso, ao vizinho, ao presidente da junta ou ao animal de estimação (sim, eu falo com a minha cadela "vou contar até três para deixares de roer os meus sapatos" ou "tem calma, é só trovoada, eu estou aqui"). Adiante. O mal dessem empurrõezinhos é que às vezes acabamos por dizer muito mais do que o que queríamos dizer, para o bem ou para o mal. Ontem tive um desses empurrões mas, milagre dos milagres, disse exactamente o que queria dizer.

Só ficou a faltar o "muito". Acrescentava um "muito" em todas as frases.

Vai um filminho em minha casa?


Achava eu que uma cama com vistas para o rio e para a ponte da Arrábida iluminada era um bom sítio para ver filmes.

(bela ideia para o meu terraço... hmmm... alguém sabe onde se compram "colchõezinhos destes?)

terça-feira, março 29, 2011

I ♥ Tolan

Só porque acho que toda a gente devia ler isto.

segunda-feira, março 28, 2011

Se há coisa que esta vida me ensinou...

... foi a ir sempre muito bem arranjada ao supermercado.

(e o Modelo que agora é Continente? Tinha tanto valor sentimental. Bolas)

sábado, março 26, 2011

...



Karen: I am lucky. I'm lucky to have known you. I'm lucky to have loved you. But I feel it's finally over... which is a kind of a relief.

Hank: Over?

Karen: You don't want me, Hank.

Hank: Oh, that's not true.

Karen: Isn't it?

Hank: Hum hum.

Karen: We were good together. We were happy. I thought we were a fucking fairytale. But if you're careless with something for long enough you know it breaks. And that's how I feel. Broken. Completely and utterly broken.

(...)

Karen: If you were going to have sex with someone, and you knew it was going to be the absolute last time, what do you think it would be like?

Hank: I think it would be incredibly sad.
Karen: Yeah, so do I… Make me sad.

Californication S04E11

sexta-feira, março 25, 2011

Não, a Reebok e a santa Casa não me ofereceram nada para fazer este post (mas deviam!)

Hoje ao almoço, e visto que não ando a caminhar para nova, decidi investir na saúde. Inscrevi-me num ginásio? Virei vegetariana? Fiz uma promessa que não voltava a comer fritos até ter o corpo da Giselle (ou seja, nunca) e que não bebia mais álcool até o Benfica voltar a ser novamente o maior clube de Portugal (ou seja, nunca também)? Não. Comprei umas Easytone da Reebok e ai deles se eu em Agosto não estou com um rabinho que é um mimo, ainda que coma pacotes e pacotes de Estrelitas e Nestum Mel.


Depois de tratar da saúde, e como não ando a caminhar para rica, foi hora de tratar da conta bancária. Fazer investimentos? Prometer poupar 700 euros por mês até aparecer um político honesto (ou seja, nunca)? Abrir uma conta poupança? Deixar de comprar merdas que não preciso? Assaltar um banco? Não. Jogar no euromilhões, que se a vida sentimental está como está, o primeiro prémio já está no papo. São 133 milhões, repito, 133 milhões. Cento e trinta e três milhões. Cen-to e trin-ta-e-três mi-lhões.

Boa sexta-feira!

quinta-feira, março 24, 2011

quarta-feira, março 23, 2011

E porque é que eu não gostei d'O Ritual? (atenção SPOILER!)

Eu fui para o cinema preparada para ver um filme sobre exorcismo. Parti do princípio que nem se iria pôr em causa a existência de demónios malvados que se apoderam do corpo das pessoas e as fazem falar línguas estranhas e dizer ordinarices. E eu queria ver isso. Eu queria ver gente a revirar os olhos, com a cabeça a rodar, queria dar saltos na cadeira, soltar um gritinho ou outro, apertar-lhe o braço e dizer-lhe "tenho medo, quero abraços e beijinhos".

Mas o filme põe realmente em causa a existência de Deus e do Diabo numa discussão teológica interessante para quem, como eu, não acredita em nada destas coisas. Passamos a primeira parte (eu fui àqueles cinemas horríveis da ZON que ainda têm intervalo!) com diálogos inteligentes e a pensar "ah padreco, tu dá-lhe, põe isso tudo em causa, então não se vê logo que a miúda é esquizofrénica ou traumatizada por ter sido engravidada pelo pai e não possuída pelo demo?". Mas o resto do filme é tooodo passado a tentar convencer-nos e a provar-nos (yeah, right, é um filme...) que sim, que Deus existe e é muito bondoso e consegue tudo e é a salvação para todos os males e que o Diabo também existe e é mau e feio e fala muitas línguas, tem vozes estranhas, enche-nos o quarto de rãs e põe as pessoas com veias estranhas na cara. E eu não gosto que me tentem convencer destas coisas. Mais apalermada fiquei quando vi no fim que isto é uma história "real" e que o padre Lucas tem feito mais de 2000 exorcismos (???) neste último ano (ui, tanta gente possuída, só em Itália?).

Portanto, da próxima vez que me fizerem ir ao cine ver um suposto filme de terror façam qualquer coisa que me faça tapar os olhos, que me corte a respiração, que me deixe sem sono e a olhar para todos os lados enquanto entro no corredor do prédio. O próximo é O Exorcismo de Emily Rose.

O Ritual

Achava que ia ter medo dos demónios, do Belzebu, das adolescentes possuídas a vomitar pregos.

Depois desta chachada teológica, a única coisa que me vai tirar o sono são as p***s das baratas e das rãs na cama.

terça-feira, março 22, 2011

Este Facebook é pior que a PIDE


Onde é que isto já se viu?!?

segunda-feira, março 21, 2011

With hearts on fire I reach out to you tonight


Vou só ali ver estes meninos ao Hard Club e já venho.

Dia mundial da poesia # 2

If


If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too,
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise:

If you can dream - and not make dreams your master,
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools:

If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings - nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much,
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that's in it,
And - which is more - you'll be a Man, my son!

Rudyard Kippling

Quando era pequena e comecei a gostar de poesia, perguntei aos meus pais se também gostavam e de que autores, pois queria começar a ler mais poemas. Disseram-me uns quantos nomes mas ambos me falaram de Kippling, que havia um poema que quando eu fosse maiorzinha e soubesse inglês o suficiente haveria de o ler. Para mim, naquela altura, Kipling era uma marca de bolsas que vinham sempre com um macaco colorido pendurado (que eu agora acho super piroso mas que, na altura, adorava - mas eu nessa idade também adorava aqueles brincos de plásticos que saíam nos pacotes de batatas fritas da Matutano, por aí já dá para ver que aos 9, 10 anos os meus gostos não eram lá muito apurados). Na adolescência deram-me o poema para ler, não percebi metade. Agora, é daqueles que hei-de falar aos meus filhos quando eles tiverem 9 ou 10 anos e me vierem falar de poesia.

Dia mundial da poesia # 1 ou Cenas romantico-piroso-sensuais-coiso # 3

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra quê somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.

Vinicius (quem mais?)

Não, a Loreal não me ofereceu nada para fazer este post. (mas devia!)


É que nunca mais dou 70 euros para me pintarem o cabelo. É prático, é fácil, é barato e não dá milhões (mas também devia!). Os meus cabelinhos estão chocolate cristalizado (que é um nome muito mais giro para dizer castanho escuro) cheios de brilho, macios, cheirosos, tocam piano e falam francês. Recomendo.

sexta-feira, março 18, 2011

Fumar mata. Olhar para isto também. *



* Como diriam as minhas queridas Dona Pipeta.

I ♥ the internet

Acompanhar ao segundo o sorteio da Liga Europa.

quinta-feira, março 17, 2011

Efeitos da crise

Eu, que gosto tanto de política como de fazer camas de lavado, dei por mim a ter (acesas) discussões políticas.

Vizinhança # 2

Ontem a banda sonora foi música espiritual.

Huuummmm iiiihhhh nhaaaaaammmmm hummmmm

Dormi como um bebé.

quarta-feira, março 16, 2011

Vizinhança # 1 (já antevendo uma continuação)

Durante os últimos anos tenho tido a benção divina de ter um apartamento vazio ao lado do meu. Era o paraíso, música alto, cantorias, o sossego nocturno mas até agora nunca me tinha apercebido do quão abençoada era.

Recentemente o raio do apartamento foi ocupado [o drama! o horror!]. Tirando umas obritas de manhã (mas sempre à hora em que eu já estou acordada) e ouvir os barulhos normais de pessoas numa casa (o que também não me incomoda por aí além, até gosto de saber que está ali gente, caso me aconteça alguma coisa ou algum bandido me entre em casa) e uma tosse de tuberculoso de ambos, até agora o casalinho ainda não me tinha incomodado. Até agora, disse bem. Ultimamente os dois resolveram ouvir música de noite. Se até à meia noite não me afecta muito, já a partir dessa hora a coisa não ajuda muito às minhas horas de sono. Se na noite de domingo o disco era o do Moulin Rouge e eu até gosto dessa OST (embora não estivesse propriamente in the mood for Cooome what maaay, I will looove youuu), ontem puseram a tocar um jazz esquisito, uma mistura de vozes tipo Ella Fitzgerald e Etta James e charleston dos anos 30. Eu ainda tentei bater na parede, depois se os encontrasse no corredor inventava um namorado fictício e deitava as culpas para ele, mas nada, uma e meia da manhã e a música não parava. Talvez pudesse ser uma vingançazinha, a verdade é que há umas duas semanas nós também estivemos a ouvir música electrónica até às tantas, mais propriamente o set do Marco Carola no Love Family Park e Proton Radio, mas toda a gente sabe que para adormecer é muito melhor o tum tum tum ti tum tum tum tum ti tum do electro do que os ritmos frenéticos de um jazz manhoso.

E isto também me põe a pensar no que eles ouvirão da minha parte. Os berrinhos com o ipod nos ouvidos, as conversas na cama, os telefonemas, os "ai não acredito nisto" quando toca o despertador e muitas outras coisas...

Pois que até ao fim da semana vou ver quais serão os discos pedidos. Se a coisa continuar e perder minutos de sono à custa desta brincadeira, vão levar com death metal às 3h da manhã. Ou isso ou começo a procurar casa nova. Já só me faltava um incentivozinho assim.

segunda-feira, março 14, 2011

Técnica milenar

E era com isto aqui abaixo que eu me tentava acalmar enquanto ouvia o discurso do Sócrates.

Ainda dizem que o cigarro faz mal







Eu explico

No post aqui em baixo, eu não digo que estou contra os protestos, as manifestações ou que não estou solidária com as pessoas. Eu estou mesmo muito solidária. Quer nos comentários ao post, quer na TV li e ouvi histórias que é de deixar qualquer um revoltado. Eu só não acho é que esta seja uma geração mais à rasca do que qualquer outra.

Que dirão os nossos pais (o meu não, porque não é português) e tios que tiveram que ir para a guerra e mesmo os que não tiveram que ir, tinham sempre aquele terror da possibilidade de irem a cair sobre eles? A minha mãe foi para a faculdade com 16 anos e tinha que apanhar 3 autocarros à meia noite para ir para casa porque naquele tempo nenhum filho tinha a carta e muito menos tinha permissão para guiar o carro dos pais. Hoje em dia é raro quem não dê umas voltas no carro do pai, nem que seja para ir ao café. O meu pai tinha que ir para a escola de bicicleta e fazia kms todos os dias.Teve que jogar futebol para pagar o curso. Nenhum dos dois tinha uma mesada que lhe permitia ir para os copos todos os fins de semana. Tanto que a minha mãe tinha que escolher entre lanchar ou apanhar o autocarro para casa e o meu pai, como o meu tio era um enjoadinho, comia o prato dele e o do meu tio na cantina, para não ficar com fome.

Geração à rasca era também a das nossas avós que não puderam estudar e casaram aos 18 anos, tiveram filhos aos 19 e não puderam nunca seguir os seus sonhos profissionais e pessoais.

Pegando num comentário do Francisco José Viegas num debate de sábado à noite, se vocês forem ao Bairro Alto ou à baixa do Porto à noite, a malta jovem anda lá toda. Muito provavelmente, muitos dos que se manifestaram de tarde são os mesmos que estavam lá à noite. A pagar 5 euros por cada vodca limão ou consumos mínimos de 10 euros para entrar nos bares e discos. Com o carro no parque de estacionamento ou com o número do táxi no telefone para o fim da noite. São os mesmos que tomam o pequeno almoço fora ou vão buscar comida ao take-in. Isso é que me chateia um bocadinho porque no tempo dos nossos pais ninguém acabado de tirar o curso ia para a noite todos os fins de semana, nem jantar fora, nem eram assinantes da SporTv e ninguém nessa altura se considerava à rasca. Provavelmente ganhavam o equivalente aos que o recem-licenciados ganham agora mas havia muito menos oferta, logo não tinham - porque também não existiam - menos luxos. Luxos que as pessoas de agora tomam como certos e que, na minha opinião, não deviam.

Se eu acho incrivelmente injusto que alguém que trabalhe ande a ganhar 200€, 500€ e 600€? Acho. Acho que esse têm todo o direito a manifestarem-se, a exigirem, a revoltarem-se, a tudo (e foda-se se o governo não anda a gozar connosco quando baixa o IVA da merda do golfe e os bens essenciais sempre a subir). Mas nós, os que estamos "bem" e relativamente seguros no nosso emprego, devíamo-nos era revoltar (muito!) por essas pessoas, por essas situações e não pela nossa.

E quando eu disse que não me incluía na chamada geração à rasca foi porque a maioria dos que se auto-intitula à rasca eram os que estavam ali ao meu lado no Coliseu do Porto, a achar muito bem a canção dos Deolinda, mas deram 25 euros para estar ali.

Praia do Aterro. Supermercado Modelo. Centro Comercial Bombarda. Casa do Livro.

Summer: Well, you know, I guess it's 'cause I was sitting in a deli and reading Dorian Gray and a guy comes up to me and asks me about it and... now he's my husband.

Tom: Yeah. And... so?

Summer: So, what if I'd gone to the movies? What if I had gone somewhere else for lunch? What if I'd gotten there 10 minutes later? It was - it was meant to be.
 
500 Days of Summer
 
E se eu tivesse ido a outra praia? E se eu tivesse ido para outra ponta da praia? E se tivesse vindo embora 10 minutos mais cedo? E se fosse a outro supermercado? E se tivesse ido primeiro à exposição e só depois lanchar? E se tivesse demorado mais na loja dos colares? E se tivesse ficado a noite toda no Baixa ou ido directamente para o Pitch? E se estivesse ao balcão na Casa do Livro, ou no Wc, ou de costas, ou sentada? E se...? Ainda dizem que não há coincidências.

sexta-feira, março 11, 2011

Cenas romantico-piroso-sensuais-coiso # 2


"Adoro a tua língua"


(vocês temiam que esta piroseira se tornasse uma rubrica, não temiam? Pois ora tomem!)

...my ass!

Deus me livre se eu faço parte de uma geração à rasca.

segunda-feira, março 07, 2011

Vocês nem imaginam o esforço que eu ando a fazer para não infestar aqui o blog de cenas romantico-piroso-sensuais-coiso, tipo isto:


As nossas bocas misturam-se com as línguas, o corpo inflama-se, dói quase.
Deixa-me beijar-te por dentro.

sexta-feira, março 04, 2011

*


For Tom Hansen, this was the night where everything changed. That wall Summer so often hid behind - the wall of distance, of space, of casual - that wall was slowly coming down. For here was Tom, in her world... a place few had been invited to see with their own eyes. And here was Summer, wanting him there. Him, no one else. 

quinta-feira, março 03, 2011

Cão - animal de quatro patas, com o corpo coberto de pêlo, etc. etc. etc.

Eu não sei que raio de mágica os meus pais fizeram aquando da minha concepção (nem quero saber) para fazerem uma criatura (eu) tão ansiosa em todos os sectores da sua vida menos no trabalho. Se em tudo o resto sofro por antecipação, gosto de planear com mil dias de antecedência o que quer que seja, detesto que me digam "depois combinamos" (depois quaaandooo?), à segunda já estou a pensar no que vou fazer no fim de semana, quando me despeço de "alguém" quero saber logo quando será o próximo encontro, quero saber hoje o que vou fazer amanhã e depois e depois, já no trabalho até posso ter muito que fazer, um prazo muito apertado para cumprir que nunca stresso. Na minha cabeça penso sempre que nem que tenha que trabalhar de noite e ao fim de semana, não almoçar, sair mais tarde etc. as coisas hão-de ficar prontas a tempo. Porque sempre ficaram, porque nunca deixei de cumprir um prazo, porque muitas vezes até acabo mais cedo do que o que me pediram, porque cunpro sempre o que me proponho a fazer.

Até agora.

A questão nem é os prazos. Com prazos posso eu bem e tenho bom corpinho para trabalhar mais horas. É o trabalho em si: coisas para crianças. E não é daquelas crianças de 10 anos, a quem já podemos dizer muitas coisas. É pequenas mesmo, 6 aninhos, início da alfabetização. E eu sou aquela pessoa que não tem muito jeito para crianças, que com a própria cadela é capaz de estar ali tempos infinitos a rffrfffffafaaffffa (som de caretas + mordidelas fictícias + tentar chatear o animal com imitação de latidos e outros sons) e "quem é o bebé mais lindo, quem é, quem é, quem é?" mas que com uma criancinha fico sempre na defensiva, num misto de "eu sei que não tenho piadinha nenhuma e que me vais odiar" e "que mal é que este ser pequenino me pode fazer". E agora põe-me a trabalhar para elas, a ter que entrar na cabeça delas e pior, a ter que adivinhar o que elas sabem ou não. Sei lá se com 6 anos sabem o que quer dizer "verdade" ou "estado" ou coisas do género. Como é que raio vou-lhes definir "envergonhado"? (que tem vergonha, mas o que quer dizer vergonha? Que é tímido, mas o que quer dizer tímido? Oh raios!). E depois eu não consigo usar poucas palavras (nota-se por este texto, certo?) e falo e falo e falo e quando dou por mim já escrevi 3 parágrafos só para dizer o que é uma bicicleta. Ou um macaco. Ou o céu. Estou tramada.

quarta-feira, março 02, 2011

Dérbi

Eu, que vi o jogo todinho, que sofri com o golo do Sporting, que disse foda-se Cardozo para um minuto depois estar a gritar golo, que fiz as minhas figas do costume sempre que o SCP se aproximava da baliza, que acompanhei os amarelos do Coentrão, Salvio e Maxi Pereira, que berrei no segundo golo e que sofri nos (poucos) minutos seguintes, retive apenas uma coisa deste jogo: os calções dos jogadores do Sporting têm um cinto?!?