quarta-feira, julho 15, 2009

Resumos europa-américa

Para quem teve preguiça de ler o texto anterior (e eu aconselho a ler porque é mesmo bom), o tema debatido são os kindles e readers em geral, e o facto de, com estas novas tecnologias, já não podermos julgar uma pessoa anónima que vemos num café ou no metro de livrinho na mão pelo que lê. E embora ache, tal como o autor do texto, que é uma atitude um tanto ou quanto snob, a verdade é que também o faço. Desconfio sempre de quem numa destas redes sociais escolhe como seu livro preferido "A Lua de Joana". É que esse é um livro muito jeitosinho para quem tem 13, 14 anos, agora ter-se 25 ou 26 e continuar a preferi-lo, das duas uma, ou não leu mais nada deste então ou... não há outra hipótese. Não leram mais nada desde então.

10 comentários:

Miss Kin disse...

Somos sem dúvida seres snobs, julgamos "o livro, pela capa", mas muitas vezes não erramos, quando alguém tem a "Lua de Joana", lá está, foi a única coisa que leu e assim como quem, no músico preferido, tem André Sardet, gosta de música de pouca qualidade...

Rosa Cueca disse...

Os livros preferidos são-no por diversas razões.

E sim, está no meu top de livros preferidos e continuará a estar - não porque não continue a ler hoje em dia, porque leio bastante mais que lia antigamente, mas porque de alguma forma marcou e teve a importância que teve.
Assim como os filmes - a lista vai aumentando, mas temos tendência a manter aqueles que nos disseram algo.

Eu desconfio sempre das pessoas que dizem "Ahhhh, eu? música brasileira? Não, só Caetano e Bethânia" e depois em casa no escurinho ouvem o Alexandre Pires com a lágrima no olho.

O mal não está em gostar de coisas que roçam o popularucho, sejam livros, música, filmes, yadayada -está em categoricamente descartar que se gosta.

E para aliviar aqui o tom do comentário (;)), vou roçar o ainda melhor: há uns anos, adorava a Margarida Rebelo Pinto.

kiss me disse...

Rosa Cueca, eu não acho estranho que se goste da Lua de Joana (eu na altura também adorei, assim como o Guarad da Praia) e sim que esse esteja como único livro preferido.

Quanto às músicas, sou a pessoa que menos discrimina, ouço de tudo, incluindo Alexandre Pires ;)) Aliás, neste campo sou eu a discriminada. Não gosto muito das modas musicais, principalmente esta onda indie que anda por aí actualmente!

Anónimo disse...

Eu acho que o que é saudável é conhecer várias coisas. Gostar de algumas, não gostar de outras, significa que já se leu, ja se ouviu, já se formou uma opinião e isso é que é verdadeiramente importante. * Rita

A. disse...

Ou o Alquimista...

Anónimo disse...

e a quantidade de pessoas que diz adorar os lusíadas ou os maias? Aí não quer dizer q não leu mais nada, quer dizer q nunca leu nada e são os únicos títulos q s lembram :)

Anónimo disse...

E depois há o outro oposto: pessoas q dizem que leram Lobo Antunes... Eu sou uma leitora compulsiva, mas confesso q me "custa", e n aprecio, ler Lobo Antunes.

Anónimo disse...

E depois há o outro oposto: pessoas q dizem que leram Lobo Antunes... Eu sou uma leitora compulsiva, mas confesso q me "custa", e n aprecio, ler Lobo Antunes.

Anónimo disse...

E depois há o outro oposto: pessoas q dizem que leram Lobo Antunes... Eu sou uma leitora compulsiva, mas confesso q me "custa", e n aprecio, ler Lobo Antunes.

AnaD disse...

Todos nós somos um bocadinho snobs com o que vemos os outros ler ... tento é muita vez contrariar esse snobismo primário.

Quanto ao Lua de Joana como livro preferido, pode haver muitas razões para isso ... a pessoa pode não ter lido mais nada, como foi referido, ou pode nunca mais ter lido nada que a marcasse da mesma forma, o que é triste pois até pode ter andado a ler os livros certos nas alturas erradas.

Um dos meus livros preferidos é o O Meu pé de Laranja-Lima, e é-o porque o li na altura certa, marcou-me como muito poucos livros marcaram ao longo da vida, se calhar se o tivesse lido noutra altura seria um livro que gostaria apenas... Outro dos meus livros preferidos é o Notas sobre um país grande e porquê? Pelo puro prazer que obtive ao lê-lo, não é uma grande obra literária, mas naquele momento da minha vida era o livro certo.

Tenho um outro caso ... aqui há uns anos comprei O Chão que ela pisa e após alguns capítulos lidos tive a nítida sensação que aquele ainda não era o tempo certo para ler aquele livro, um dia vou pegar nele e vai marca-me ... não sei quando, nem sei porque sei isto, mas sei!